quarta-feira, 12 de junho de 2013

Tudo é Brasil!!!

      Em São Paulo, nesses dias, pensam que estão revivendo o espírito de maio de 1968. O contexto absolutamente justificava os acontecimentos de 1968. Aliás, por aqui, dias piores viriam com o AI-5. E agora? R$ 0,20 centavos? Nada? Se tentarmos encontrar uma justificativa para a violência, encontraremos um festival de frases inconclusas incapazes de se relacionar com o mundo ao redor.
      A resposta violenta já começou, e nem sempre vem daqueles que detém o monopólio da violência: vemos um motorista avançar deliberadamente sobre os corpos nas ruas, como se não passassem de obstáculos físicos.
      Alguns jovens irritaram-se com a divulgação, pela imprensa, de que seus familiares pagaram as fianças de milhares de reais imediatamente, que vieram tirá-los do meio do distúrbio, levando-os de volta para o lar. Teria passado a imagem de jovens burgueses mimados. Mas é mentira?
      Tampouco é possível sustentar uma comparação que fique em pé com o Occupy Wal Street. Qualquer um se lembrará que dois de seus importantes porta-vozes, Naomi Klein e Slavoj Žižek, enunciaram o compromisso daquele movimento com a não-violência.
      Mas aqui, é tudo Brasil!, como já se surpreendia Orson Welles. A violência é a forma de render homenagens a todos os erros que nos formam e deformam.


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