quarta-feira, 12 de junho de 2013

Acordes (muito importante é saber quando estar)

      Em solidariedade ao Zé Celso e todos os atores do Teatro Oficina, que no ano passado encenaram Acordes, de Bertold Brecht, e aceitaram o convite de estudantes da PUC-SP para transformar uma das cenas em uma intervenção, dentro de um contexto autoritário que a universidade vivia/vive. Por conta disso foram denunciados (provavelmente com base em alguma interpretação, digamos, criativa das leis civis) e a polícia intimou Zé Celso a depor. O processo está rolando.
      O Acordes do Oficina é digno de muitos elogios. Foi uma criação de uma potência artística incrível. Fez jus ao histórico do Oficina e, ao mesmo tempo, muito conectada com a atualidade. Essa denúncia, por mais absurda que seja, não deixa de ser também uma prova dessa atualidade.
      Abaixo, o vídeo que foi feito da intervenção:


Nota: o jornalismo do portal R7  falou com a assessoria da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e obteve a seguinte resposta sobre o inquérito:  “Apuramos que, por requisição do Ministério Público, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o fato. A natureza da investigação é o artigo 208 do Código Penal: ‘Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso’. O delegado que preside o inquérito é o titular do 23° DP, Marco Aurélio Floridi Batista.”

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